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Theatro da Paz celebra 146 anos de arte em Belém

O Theatro da Paz foi inaugurado em 1878, durante o período de exploração da borracha | Foto: Pedro Guerreiro/Agência Pará

O primeiro teatro de ópera da Amazônia completou 146 anos. Localizado em Belém (PA), o Theatro da Paz foi inaugurado em 1878, durante o período de exploração da borracha, e possui uma arquitetura neoclássica. Com o intuito de celebrar a data, o governo do estado, por meio da Secretaria de Cultura, preparou uma programação especial.

A pasta promoveu visitas guiadas pelo complexo, além de homenagens aos renomados compositores paraenses Waldemar Henrique e Carlos Gomes. A primeira atividade foi o lançamento do livro "Tão longe e tão distante: a presença de Carlos Gomes na belle époque de Belém do Pará", de Jonas Arraes. A obra nasceu da tese de doutorado do autor, em musicologia histórica. No Livro, Arraes foca na relação de Carlos Gomes com Belém.

O diretor do Theatro da Paz, Edyr Augusto Proença, lembrou da importância de homenagear os ícones da música. "A ideia é celebrar o aniversário do Theatro da Paz em grande estilo, por isso decidimos homenagear também esses dois grandes nomes da música, que contribuíram tanto para cultura paraense. Waldemar Henrique pela feliz coincidência na data de aniversário, e Carlos Gomes pela compatibilidade do lançamento do livro do maestro Jonas Arraes sobre o compositor", explicou o diretor.

Depois do lançamento da obra, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) apresentou um concerto de aniversário, com a protofonia de "O Guarani", também de Carlos Gomes e músicas de Waldemar Henrique cantadas por Nilson Chaves, Gigi Furtado, Andrea Pinheiro e Lucinnha Bastos.

Contente com a oportunidade, a musicista afirmou que o teatro é motivo de orgulho. "Estar aqui, celebrando o aniversário do nosso teatro monumento e do nosso maestro Waldemar Henrique é uma felicidade enorme e uma emoção muito grande", disse Lucinnha Bastos.

O Theatro da Paz fica na na Praça da República e foi projetado pelo engenheiro pernambucano José Tibúrcio Pereira Magalhães. O espaço possui uma acústica única e faz parte da história do estado. A arquitetura é inspirada no Teatro Scala de Milão e foi decorada com uma pintura de Domenico De Angelis, no teto, e com a tela "Últimos dias de Carlos Gomes", também de autoria do artista italiano.

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