O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) marca um novo capítulo em sua trajetória ao lançar oficialmente a sua primeira ferramenta de Inteligência Artificial (IA), batizada de "Arandu". Sob a liderança da desembargadora Vânia Marques Marinho, presidente da Comissão de Gestão de Tecnologia da Informação, o Núcleo de Inteligência Artificial da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (SETIC) se prepara para colocar em operação a solução, que tem como objetivo identificar similaridades nos processos judiciais, indicando potenciais demandas predatórias ou repetitivas.
A "Arandu", cujo nome em tupi significa "entendimento, conhecimento, sabedoria", foi lançada oficialmente no dia 15 de janeiro. A ferramenta foi treinada com base em mais de 500 mil petições distribuídas no Poder Judiciário local, possibilitando a aprendizagem contínua com cada nova petição lançada no sistema.
A atuação da IA Arandu será centrada na identificação de similaridades entre petições distribuídas nos sistemas e-SAJ e Projudi, revelando demandas predatórias e repetitivas que demandam atenção especial.
A ferramenta será disponibilizada em duas modalidades de uso para os servidores da Corte de Justiça. A primeira integrará a IA ao sistema Projudi, permitindo que os servidores verifiquem a similaridade entre os processos em análise e os já aprendidos pela Arandu, abrangendo inclusive os do sistema e-SAJ. Já a segunda modalidade oferecerá um painel de pesquisa mais amplo, permitindo buscas por critérios como "Comarca", "Vara", "Nome da Parte" e "Número do Processo", abrangendo os sistemas e-SAJ e Projudi.
Os principais benefícios incluem a identificação eficiente de demandas predatórias e repetitivas, a automatização do processo de comparação de processos, possibilitando a liberação de tempo dos juízes e servidores para outras tarefas, e a redução de custos com recursos humanos e tempo de tramitação processual.
"Através do Arandu estaremos iniciando uma nova etapa no Judiciário do nosso Estado, e com a sua utilização poderemos extrair dados para o seu aprimoramento contínuo, assim como a criação de outras Inteligências Artificiais baseadas em sua base de conhecimento", afirma Rhedson Esashika, chefe do Núcleo de Inteligência Artificial da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do TJAM.