Alagoas lidera Nordeste em preservação ambiental
Estudo apresentado destaca Alagoas entre os melhores em clima
Em meio às discussões globais da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), realizada em Belém do Pará, o Centro de Liderança Pública (CLP) divulgou dados que colocam Alagoas como referência ambiental no Nordeste. O estado registra o menor índice de desmatamento da região, com impacto proporcional de apenas 0,1 — resultado da relação entre a área total desmatada e o território estadual. O estudo tem como fontes o MapBiomas e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Segundo o CLP, o indicador permite avaliar o impacto ambiental de forma proporcional em cada unidade da federação. Em Alagoas, o desempenho revela o avanço de políticas públicas voltadas à preservação e ao desenvolvimento sustentável. Outro dado que reforça o protagonismo ambiental do estado é o avanço no ranking de emissões líquidas de CO2 — que considera as emissões brutas subtraídas das remoções, divididas pelo PIB. Alagoas subiu três posições na região e duas no cenário nacional, ocupando a 2ª colocação no Nordeste e a 11ª no Brasil.
Entre as ações que contribuem para esse resultado está a Política de Prioridade no Abastecimento de Veículos Automotores com Etanol, instituída por decreto do governador Paulo Dantas em setembro. A medida determina a substituição gradual da gasolina pelo etanol na frota do Poder Executivo Estadual, estimulando a transição energética e a redução da poluição atmosférica.
Alagoas também se destacou em outro indicador relevante: a coleta seletiva de resíduos sólidos domiciliares. O estado ocupa a 2ª posição no Nordeste em cobertura urbana de coleta seletiva direta, atrás apenas de Sergipe.
Durante a COP30, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas apresentou dois programas estratégicos — o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e o Selo Alagoas pelo Clima. O governador Paulo Dantas integrou a comitiva do Consórcio Nordeste, que representou os estados da região nos debates sobre sustentabilidade e desenvolvimento climático.
O PSA remunera agricultores e proprietários que preservam biomas, com valores entre R$ 5 mil e R$ 80 mil, conforme o tipo de projeto. Já o Selo Alagoas pelo Clima reconhece instituições que adotam boas práticas ambientais, reduzem e compensam suas emissões.