Piauí mantém proibição de manejo de fogo
A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) prorrogou, pela segunda vez, a portaria que proíbe o uso do fogo no Piauí. Com a decisão, a medida segue em vigor até 14 de novembro. O motivo é claro: os resultados positivos no controle das queimadas. No primeiro mês de vigência, o estado registrou queda de 23,3% nos focos em relação ao mesmo período do ano passado. No segundo mês, a redução foi de 5%, percentual menor, mas ainda significativo diante das condições climáticas adversas.
De janeiro até agora, foram registrados pouco mais de sete mil focos de calor — número semelhante ao do mesmo período de 2024. A diferença, neste ano, está na intensidade: as chamas não avançaram com a mesma força, resultado da combinação entre a portaria e o trabalho das brigadas municipais formadas pela Semarh. Essas equipes, treinadas e equipadas para agir de forma rápida e preventiva, têm sido decisivas para evitar que pequenos focos se transformem em incêndios de grandes proporções.
A prorrogação da portaria também tem base em dados da Sala de Situação da Semarh. O monitoramento climático indica que as chuvas devem começar nas próximas semanas, principalmente no sudoeste — região mais afetada pelos incêndios —, mas o volume ficará abaixo da média. O risco, portanto, continua alto.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, os resultados mostram avanço na consciência ambiental e na atuação do poder público. "O Piauí está aprendendo a lidar melhor com o fogo. Hoje temos brigadas capacitadas, municípios integrados e uma população mais consciente. Ainda há desafios, mas o mais importante é que o Estado não está mais reagindo ao problema — está se antecipando a ele", afirmou.