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Salvador lança campanha com bonecas pretas

A iniciativa, que este ano traz em sua 3° edição o tema "Minha Boneca, Minha História", distribui bonecas pretas para crianças em situação de vulnerabilidade social e promove diálogos sobre representatividade, autoestima e combate ao racismo.

O lançamento da campanha 'Cadê Minha Boneca Preta?!', em Salvador, aconteceu nesta terça-feira (02), na Biblioteca Central do Estado da Bahia. Na quarta (03), a Biblioteca Juracy Magalhães Jr. de Itaparica também recebe o evento.

Uma realização da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA), por meio da Fundação Pedro Calmon (FPC), executada pelas Bibliotecas Públicas do Estado, o projeto que já distribuiu mais de mil bonecas pretas em suas duas primeiras edições, retorna este ano com a meta de ampliar ainda mais as doações, com arrecadação até 27 de novembro, quando as bonecas serão entregues às crianças em uma programação cultural marcada por atividades artísticas e de valorização da identidade negra.

Na mesa de abertura com os parceiros institucionais, a secretária Ângela Guimarães, ressaltou que a campanha vai além da arrecadação, mas marca um encontro com a história, representatividade, fortalecimento das infâncias e da educação antirracista.

"O que a gente vem hoje fazer é uma ação de reparação, reconhecendo que o racismo estrutura a hierarquia de desigualdades. Essa parceria mostra que estamos atentos para que os equipamentos culturais estejam de um lado que é o enfrentamento ao racismo e ao desenvolvimento pleno da infância, baseado numa educação antirracista.

Hoje, a Sepromi e todos os parceiros que aqui estão, abraçam esse projeto, compreendendo que para fortalecer as Infâncias é necessário que façamos essa campanha que tem essa dimensão estruturante".

O diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Sandro Magalhães, falou do papel das bibliotecas nesse movimento e da importância dos parceiros institucionais para ampliar a mensagem do 'Cadê Minha Boneca Preta?' a mais espaços da sociedade.

"Não podemos falar de identidade e cultura baiana sem falar da força da negritude, dos movimentos negros. Por isso que o Governo da Bahia abraça este momento através dos parceiros aqui representados".