História dos voduns ganha documentário na Bahia

História de Gaiaku Luzia será exibida na TV Educativa

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O documentário "Gaiaku Luiza: Força e Magia dos Voduns" resgata e preserva a memória de uma das mais influentes figuras do Candomblé Jêje no Brasil: Luiza Franquelina da Rocha, mais conhecida como Gaiaku Luiza. O filme será exibido nesta segunda-feira (11), na TVE, com horário alternativo no sábado (16), ambos às 20h.

A obra conta a trajetória do povo Jêje, desde a África até a cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, região de forte influência afro-brasileira. Além disso, a obra defende o Candomblé como patrimônio imaterial, ressaltando sua relevância histórica, social e espiritual, especialmente como herança dos povos africanos escravizados.

A narrativa conta com a presença de antropólogos, historiadores e membros do povo de santo, através de diferentes perspectivas sobre a importância do Candomblé e das religiões de matrizes africanas no Brasil. A produção é dirigida por Soraya Públio de Castro Mesquita e produzida pela TVE, durante os anos de 2004 e 2005.

Gayaku Luiza

Luiza Franquelina da Rocha, conhecida como Gaiaku Luíza de Oyá, nasceu no dia 25 de agosto de 1909, na cidade de Cachoeira (BA), e faleceu no dia 20 de junho de 2005, na mesma cidade.

Luiza foi uma das mais conhecidas ialorixás do Candomblé Jeje-Maí. Nasceu no Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde, também conhecido como Roça do Ventura, reconhecido como patrimônio cultural do Brasil em 4 de dezembro de 2014.Já foi tema de samba-enredo da Escola de Samba Acadêmicos do Sossego, de Niterói, em 2013, e tema de um outro documentário produzido em 2015.

Desde criança envolvida com as religiões e culturas afro, Luiza foi iniciada na nação jeje-Maí em 1944, e recebeu o cargo de Gayaku em 1945.

Gayaku Luíza de Oyá foi fundadora do terreiro baiano Húmkpàmé Ayono Huntoloji, tombado como patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), em 2006, e inscrito no Livro do Registro Especial dos Espaços Destinados a Práticas Culturais e Coletivas em 2014. Seu nome é mencionado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).