Nordeste recebe vistoria do Caminho das Águas

Até pouco tempo, o Nordeste brasileiro era marcado pela seca intensa, plantações perdidas e gado debilitado, levando muitos moradores a migrarem para o litoral ou para o Sudeste. Hoje, esse quadro vem mudando com a implementação da maior obra hídrica do Brasil e da América Latina: a transposição do Rio São Francisco. Canais com água do "Velho Chico" já percorrem 477 quilômetros pelo sertão, beneficiando Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O projeto, idealizado e iniciado no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi lançado oficialmente em 2007. A meta é beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios e 294 comunidades rurais. Sob a liderança de Lula, as obras principais nos eixos Norte e Leste começaram, consolidando o compromisso com o desenvolvimento social e econômico do semiárido nordestino. Além da transposição, outras ações de segurança hídrica, como adutoras, ramais e reservatórios, compõem o chamado Caminho das Águas, com mais de 70 obras espalhadas pelo Nordeste, inscritas no Novo PAC. Em Mauriti, por exemplo, 16 das 24 obras já foram concluídas. Um caso emblemático é o Ramal Apodi, que estava com apenas 10,40% de avanço e, com 74,83% de execução.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destaca que "a transposição é um projeto pessoal do presidente Lula, ele próprio um migrante da seca". "A história do semiárido pode ser contada antes e depois dele", acrescenta.

Também avançam obras de manutenção, como a ampliação do sistema de bombas da Estação de Bombeamento 3, em Salgueiro (PE), parada desde 2022.

Segundo o secretário nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, "estamos trabalhando nas obras complementares, como os ramais do Apodi, na Paraíba, do Salgado, no Ceará, canais do sertão da Bahia e Alagoas, e adutoras do Agreste em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte".

Nos próximos meses, uma comitiva liderada pelo ministro Waldez Góes fará inspeções pelo Caminho das Águas, com participação prevista do presidente Lula. Ele deverá assinar a ordem de serviço para a duplicação da capacidade do Eixo Norte da Transposição e entregar o trecho 1 do Ramal do Apodi.