Suspeita de gripe aviária é investigada em Sergipe
As análises ocorrem em criação de subsistência familiar
Um caso suspeito de gripe aviária está sob investigação no município de Gracho Cardoso, em Sergipe, a 112 quilômetros de Aracaju. A informação consta no mapa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizado diariamente com dados sobre a circulação do vírus no país.
A suspeita surgiu após uma produtora rural relatar a perda de 30% a 40% das aves de sua criação de subsistência, localizada em uma pequena propriedade no município. Segundo a prefeitura local, após o relato, um médico veterinário foi enviado ao local para apurar a situação. A ocorrência foi comunicada à Empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Estado de Sergipe (Emdagro), uma vez que a produtora declarou não manter controle de vacinação no plantel.
Até o momento, nem a Prefeitura de Gracho Cardoso nem o governo do estado se manifestaram publicamente sobre o caso. Ambos informaram que todas as comunicações sobre a gripe aviária estão sendo concentradas pelo Ministério da Agricultura, que, por sua vez, afirmou que divulgará uma nota oficial em breve.
De acordo com o balanço divulgado na segunda-feira (19), o Brasil registra dois casos confirmados de gripe aviária e outros seis sob investigação. As ocorrências confirmadas são nos municípios de Montenegro e Sapucaia do Sul, ambos no Rio Grande do Sul. Em Montenegro, o vírus foi identificado em uma granja comercial, enquanto em Sapucaia do Sul, cisnes morreram em um zoológico.
Os demais casos investigados envolvem propriedades nos estados de Santa Catarina (Ipumirim), Tocantins (Aguiarnópolis), Rio Grande do Sul (Montenegro), Ceará (Salitre), Mato Grosso (Nova Brasilândia) e Sergipe (Gracho Cardoso). Em todas essas ocorrências, as investigações envolvem produções familiares voltadas para subsistência, com coletas de amostras já realizadas e em análise laboratorial.
O Mapa reforça que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves ou ovos. A população pode manter a confiança nos produtos inspecionados, segundo nota do ministério. O risco de infecção em humanos é considerado baixo e, quando ocorre, está geralmente associado a pessoas com contato direto e frequente com aves contaminadas, como tratadores e profissionais da área.