Sergipe lidera o ranking do uso de gás natural
Estado tem 84,66 pontos na classificação. O segundo é Alagoas
O estado de Sergipe conquistou o melhor desempenho do país no Ranking do Mercado Livre de Gás Natural, elaborado pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás e Abrace Energia. O levantamento destaca os estados que adotam as melhores práticas regulatórias e legais para fomentar a comercialização do gás natural.
O estado obteve uma pontuação de 84,66 pontos, numa escala de zero a cem. O segundo lugar é também no Nordeste: Alagoas, com 78,20 pontos. Apenas quatro outros estados superaram a marca dos 50 pontos: Espírito Santo (60,45), Rio de Janeiro (59,25), Minas Gerais (55,47) e São Paulo (50,20). Na parte inferior do ranking, o Pará aparece na última posição, com 19,64 pontos, seguido por Ceará (29,19), Paraná (36,50), Mato Grosso e Pernambuco, ambos com 37,37 pontos.
O Relivre monitora o ambiente regulatório dos estados e identifica pontos de melhoria para fortalecer o setor. Entre os critérios avaliados, Alagoas se destacou pela comercialização do gás e pela facilidade de migração dos consumidores para o Mercado Livre, que permite aos usuários escolherem seus fornecedores e negociarem condições contratuais, como preço, volume e prazos.
Edvaldo Francisco do Nascimento, diretor do Conselho Executivo da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), explica que a abertura do mercado estadual possibilitou a flexibilização da aquisição de gás para usuários com consumo médio de 5 mil m³/dia. Isso permitiu a entrada de grandes comercializadoras de gás, aumentando a concorrência e beneficiando consumidores industriais.
"O novo modelo possibilitou ainda que os consumidores fossem atendidos não apenas com gás natural, mas também com biometano, fomentando o desenvolvimento da cadeia produtiva do biocombustível", destaca Nascimento ao Correio.
Competitividade
Dentro desse cenário, a Arsal desempenha um papel fundamental ao regular, fiscalizar e supervisionar o mercado, garantindo eficiência econômica, atraindo investimentos e gerando empregos. Segundo a agência, as novas diretrizes proporcionam um ambiente mais dinâmico e seguro para o setor energético.