PF investiga queda de teto de igreja em Salvador

Uma jovem turista de 26 anos morreu e outras ficaram feridas

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A Polícia Federal (PF) abriu investigação sobre o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, localizada no Centro Histórico de Salvador. O templo, conhecido como "igreja de ouro", sofreu o colapso na tarde a última quarta-feira (5), resultando na morte de uma turista de 26 anos e deixando outras cinco pessoas feridas.

A PF informou que seus agentes e peritos já estão no local para realizar os primeiros exames técnicos. Segundo nota oficial, a investigação busca reunir rapidamente elementos sobre as causas do acidente. A corporação também prestará apoio à Polícia Civil da Bahia, que instaurou inquérito por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Paralelamente, a Polícia Técnica da Bahia iniciou a perícia no local por meio da Coordenação de Engenharia Legal do Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto. O trabalho deve continuar na quinta-feira (6), quando será feita uma nova vistoria.

Além disso, uma equipe técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também deve visitar o templo nesta quinta-feira. O presidente do órgão, Leandro Antônio Grass Peixoto, acompanhará a inspeção. O horário da visita não foi divulgado até o fechamento desta reportagem.

A Defesa Civil interditou a igreja, enquanto policiais militares isolaram a área logo após o incidente. O caso gerou comoção, pois a igreja é um dos principais patrimônios barrocos do Brasil, famosa por sua rica ornamentação em ouro.

Autoridades avaliam a necessidade de medidas emergenciais para preservar a estrutura remanescente e garantir a segurança da população. As causas do desabamento ainda são desconhecidas, e os laudos periciais serão fundamentais para determinar se houve falha estrutural, falta de manutenção ou outro fator que possa ter contribuído para a tragédia.

Moradores e fiéis relataram que a igreja já apresentava sinais de deterioração, com relatos de infiltrações e rachaduras nos últimos anos. O temor agora é que outras partes da estrutura também possam estar comprometidas. Especialistas em patrimônio alertam para a necessidade de investimentos urgentes na preservação de edifícios históricos, especialmente em regiões sujeitas à umidade e desgaste natural do tempo.