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Pesquisa maranhense cria nova solução ecológica

O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns entre os homens, e o diagnóstico precoce é crucial para garantir um tratamento eficaz. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), a pesquisa intitulada "Desenvolvimento de biossensores enzimáticos à base de carbono para diagnóstico de câncer de próstata" busca criar uma solução sustentável, acessível e de baixo custo para diagnosticar a doença. O estudo, conduzido pelo doutor em Química Inorgânica Paulo César Mendes Villis, desenvolve biossensores ecológicos utilizando materiais recicláveis. Entre os materiais utilizados estão garrafas PET, embalagens longa vida e insumos como tinta condutora à base de grafeno, um material produzido a partir do grafite. Esse processo proporciona uma abordagem técnica eficiente e ambientalmente consciente para a detecção precoce do câncer de próstata. "Nosso objetivo é criar uma ferramenta eficaz para o diagnóstico, facilitando a detecção precoce em populações com poucos recursos financeiros e contribuindo para o avanço da medicina diagnóstica.

Essa tecnologia pode ser um marco na luta contra o câncer de próstata, oferecendo uma ferramenta simples, eficaz e ecologicamente responsável para salvar vidas", afirma Paulo Villis. O presidente da Fapema, Nordman Wall, destaca que a pesquisa exemplifica como a ciência pode contribuir concretamente para a sociedade. "Apoiar estudos na área da saúde é uma prioridade para a Fundação, pois acreditamos que investir em soluções inovadoras é essencial para melhorar a qualidade dos tratamentos. Com isso, demonstramos nosso compromisso com a saúde e o bem-estar dos maranhenses e da sociedade como um todo", declara.

O câncer de próstata afeta milhões de homens no mundo, e a detecção precoce é fundamental para um tratamento eficaz. O sistema também está sendo testado em amostras de urina. O uso de materiais recicláveis, como garrafas PET e embalagens de leite, reduz o impacto ambiental e o custo de produção. A tinta condutora à base de grafite facilita a produção em larga escala, e o biossensor é altamente seletivo devido ao uso de enzimas específicas para identificar biomarcadores tumorais, como o PSA, essencial para diagnósticos precisos.