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Piauí: Plataforma facilita denúncias de violência

A Secretaria Estadual das Mulheres (Sempi) recebeu a visita de representantes da startup Direito Ágil, sediada no Rio de Janeiro, que apresentou a plataforma "Ela Protegida", uma inovação tecnológica voltada ao enfrentamento da violência contra as mulheres. A reunião contou com a participação da secretária estadual das Mulheres, Zenaide Lustosa, sua equipe, e da advogada Ananda Ferreira, idealizadora da plataforma. A "Ela Protegida" é uma ferramenta que facilita o registro de denúncias de violência doméstica e extrafamiliar, sendo acessível por qualquer dispositivo eletrônico.

A plataforma permite que vítimas e testemunhas de violência preencham um formulário online de forma rápida e segura, descrevendo os incidentes por texto ou áudio, e anexando evidências como fotos e laudos médicos. O sistema assegura o sigilo das informações, protegendo as vítimas ao mesmo tempo em que otimiza a coleta de dados essenciais para as investigações. A ferramenta também gera estatísticas que orientam a criação e o aprimoramento de políticas públicas de prevenção à violência, além de realizar uma análise automatizada do risco de vida das vítimas, para que os casos de maior urgência sejam priorizados. No Brasil, a plataforma já está em funcionamento em algumas localidades.

No Piauí, no entanto, o projeto encontra-se na fase de apresentações e diálogo com as autoridades locais, visando seu futuro lançamento e atuação. Essa fase é fundamental para adaptar a tecnologia às especificidades da rede de apoio do estado e para que se estruturem parcerias que garantam a eficácia de sua implementação.

O estado do Piauí já conta com outros mecanismos voltados ao enfrentamento da violência contra a mulher, como o protocolo "Ei, mermã, não se cale" e o aplicativo "Salve Maria", que oferece um canal seguro e acessível para denúncias e pedidos de ajuda. Com o possível lançamento da "Ela Protegida", a expectativa é que o Piauí fortaleça ainda mais essa rede de proteção, promovendo uma articulação mais ampla entre órgãos públicos e a sociedade civil.

Esses recursos conjuntos, ao ampliarem o acesso à denúncia e promoverem uma resposta mais rápida e eficiente, buscam assegurar mais segurança, apoio e acolhimento às mulheres vítimas de violência.