O Consórcio Nordeste anunciou, na última quinta-feira (17), a criação de um comitê com o objetivo de monitorar e enfrentar emergências climáticas nos nove estados nordestinos que compõem a entidade. A iniciativa visa fortalecer a resiliência da região, cada vez mais impactada por eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e enchentes intensas, além de promover cooperação entre os estados para implementar políticas públicas adequadas. O Comitê Científico de Monitoramento e Enfrentamento das Emergências Climáticas será formado por dois representantes de cada estado do Nordeste. A intenção é criar uma rede de atuação conjunta que possibilite o assessoramento técnico especializado em questões climáticas, além de facilitar o intercâmbio de informações e tecnologias que possam mitigar os efeitos das mudanças climáticas na região. O comitê também buscará soluções que melhorem a adaptação das comunidades locais aos desafios climáticos, que já impactam negativamente a economia e o bem-estar da população. A formação deste comitê é uma resposta à crescente preocupação dos governadores e governadoras do Nordeste com o cenário climático atual. A região tem enfrentado, de forma cada vez mais frequente, situações de emergência relacionadas ao clima, o que reforça a necessidade de ações coordenadas e embasadas cientificamente. Em nota oficial, o Consórcio Nordeste destacou que a "iniciativa reflete a preocupação dos líderes regionais com a necessidade de uma abordagem científica para as emergências climáticas, semelhante à adotada durante a pandemia da Covid-19, quando o uso de dados e recomendações científicas salvou vidas e mitigou os impactos da crise sanitária." O texto da nota também cita um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que aponta que, caso as diretrizes do Comitê Científico do Nordeste tivessem sido aplicadas em nível nacional durante a pandemia, 250 mil vidas poderiam ter sido poupadas. "Esse dado reforça o impacto positivo da ciência na preservação de vidas", conclui a nota. O CC-MEEC será coordenado pela geóloga e professora titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Olívia Maria Cordeiro.