As exportações da Bahia somaram US$ 994,9 milhões em setembro, uma queda de 9,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O recuo reflete a diminuição de 18% no volume embarcado, atribuída à menor demanda global e à instabilidade nos preços de commodities, especialmente no setor de matérias-primas e produtos industrializados. Segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (MDIC), os preços das exportações baianas também registraram queda ao longo do ano, acompanhando uma tendência de desaquecimento no comércio internacional. No acumulado de 2024, o estado exportou US$ 8,62 bilhões, um crescimento de 6,3% em comparação com o mesmo período de 2023. Este aumento foi impulsionado principalmente pela agropecuária e alguns segmentos da indústria de transformação. Já as importações aumentaram 23%, alcançando US$ 8,33 bilhões, impulsionadas pela demanda crescente de insumos para a produção interna. Com isso, a balança comercial teve superávit de US$ 282 milhões, e a corrente de comércio (soma de exportações e importações) totalizou US$ 16,95 bilhões, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. A agropecuária, apesar da previsão de uma safra menor e preços em queda no mercado internacional, liderou as exportações em setembro. Esse desempenho reflete a resiliência do setor, que mesmo diante de adversidades climáticas e desafios logísticos, conseguiu manter sua posição de destaque nas exportações estaduais. Por outro lado, a indústria de transformação registrou uma queda expressiva de 26,1%, com destaque para o setor de refino, que teve um recuo de 69,7% devido à queda na demanda externa e à concorrência internacional.