Na Bahia, a adoção de tecnologias na cafeicultura tem impactado positivamente a vida dos agricultores familiares, melhorando não apenas a qualidade do café, mas também sua produtividade e rentabilidade.
Um exemplo é a Associação Comunitária Baixa do Lico, em Planalto, onde maquinários modernos fornecidos pelo Governo Estadual, via Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), têm impulsionado a produção.
Antes, a comunidade enfrentava dificuldades com a secagem inadequada do café. Com a chegada de despolpadores móveis, estufas para secagem e outros equipamentos agrícolas como tratores, a realidade mudou.
A agricultora Marilene Moreira, residente na comunidade há 34 anos, ressalta a importância desses avanços. "Nosso café era seco de qualquer jeito, sujeito à chuva e ao sol. A chegada de máquinas como beneficiadora, despolpadora e trator melhorou bastante a nossa vida. O café fica com mais qualidade e o trabalho se tornou mais eficiente".
Segundo Marilene, despolpador móvel tem sido uma peça-chave nessa transformação. "Quando a gente despolpa o café, fica melhor, com mais qualidade. Com o despolpador, seca ainda mais rápido que na estufa, ganhamos mais tempo e temos a melhoria da qualidade, tornando o café especial".
"Antes vendíamos nossa produção para atravessadores, por um custo bem baixo, agora, o nosso café tem valor e repassamos para a maior cooperativa do Sudoeste que é a Cooperbac, por um preço justo", destaca Marcelo Souza, vice-presidente da Associação.
Outra associação beneficiada é a Associação dos Pequenos Produtores Rurais da região de Parafuso, em Planalto. Nailton Pereira dos Santos, membro da associação, também destaca a importância das máquinas.
"O trator beneficia os associados que precisam carregar o café da roça, arar a terra, entre outras atividades. Além disso, com a assistência técnica ganhamos conhecimento para cuidar do nosso café, que é a nossa fonte de renda".
Eurides Silva, que trabalha com café há 17 anos, ressalta a importância dos equipamentos modernos. "Cada máquina foi um grande ganho. Melhorou o tempo de trabalho e diminuiu o nosso desgaste físico".
Segundo o governo da Bahia, o intuito dos investimentos é fortalecer a agricultura familiar e impulsionar a economia local, garantindo uma produção sustentável de café.