A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP) implementou um projeto para restituir celulares roubados aos seus legítimos proprietários. A iniciativa, que devolveu 726 aparelhos nesta semana, despertou interesse de outros estados, com representantes do Rio de Janeiro, Sergipe e Distrito Federal acompanhando de perto as operações.
O encontro teve como propósito apresentar o projeto e discutir sua replicação, adaptando-o às realidades locais. O secretário da Segurança Pública, Chico Lucas, afirmou que a iniciativa visa desencorajar o consumo de aparelhos roubados ou furtados no Piauí.
"Só existe o roubo, porque existem compradores. É importante que o consumidor final esteja consciente que se comprar um produto roubado, vai ter que devolver e responder um processo. Durante a próxima etapa das ações de combate ao roubo e furto de celulares, vamos fazer a quebra de sigilo telemático que possibilitará a busca e apreensão na casa daqueles que não atenderam ao chamado da instituição", pontuou o gestor.
O projeto de combate ao roubo e furto de aparelhos celulares no Piauí possui três etapas, as blitzen, as intimações em massa e as fases da Operação Interditados, que resultaram em quatro ações de devolução, na qual, cerca de 7 mil celulares foram restituídos aos seus proprietários.
O superintendente de Operações Integradas da SSP, delegado Matheus Zanatta, destacou que durante reunião com o Ministério da Justiça, ficou decidido que o projeto de devolução de aparelhos celulares será implementado como Política Nacional.
"Esse projeto é pioneiro e ficou conhecido nacionalmente pela sua eficácia. Hoje estamos com uma diminuição de mais de 40% no número de roubos e furtos de celulares no Piauí e de 50% no roubo diário em Teresina. Recebemos, no ano passado, os estados de Alagoas, Ceará e Maranhão e hoje estamos recebendo a visita do Distrito Federal, Rio de Janeiro e Sergipe", afirmou.
O diretor-geral da Polícia do Interior do Estado do Rio de Janeiro, delegado Antenor Lopes Martins, elogiou a política pública do Piauí, ressaltando sua utilidade para a sociedade.
"Estamos verificando pessoalmente como esse processo está bem servindo a comunidade. Nós, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, viajamos o Brasil inteiro e a outros países em busca de boas práticas. Vamos analisar, estudar e buscar adaptar o projeto às peculiaridades de nosso estado", disse.
