Nesta quarta-feira (17), a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) realizou a capacitação de profissionais de 60 escolas estaduais que aderiram ao Programa Aprender Valor. Em parceria com o Banco Central do Brasil, a iniciativa visa preparar professores do ensino fundamental para abordar transversalmente a educação financeira em sala de aula.
O programa, coordenado pelo banco tem como objetivo principal desenvolver competências e habilidades em educação financeira e para o consumo entre estudantes das escolas públicas brasileiras.
"O programa acredita que tratar sobre Educação Financeira no contexto escolar é uma urgência social, tendo em vista os impactos na vida individual e coletiva, no presente e no futuro, causados pelo modo como as pessoas lidam com o consumo e com os recursos financeiros e materiais. Levar o tema para dentro das salas de aula alinha-se à demanda contemporânea de promoção do letramento financeiro na escolarização de nível básico", explica a analista da divisão de Educação Financeira do Banco Central, Adriana Medeiros.
Dentro do Programa Aprender Valor, a Educação Financeira é implementada por meio de projetos escolares que conectam o tema a diversas disciplinas do currículo. Os projetos incluem sequências didáticas com atividades que promovem habilidades como o planejamento financeiro, a prática de poupança e o uso consciente do crédito. As atividades são desenhadas para integrar conteúdos e habilidades de Matemática, Língua Portuguesa e Ciências Humanas, conforme estabelecido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de forma abrangente e sinérgica.
O programa integra a educação financeira aos componentes curriculares, alinhando-se à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e oferece suporte especial às escolas já inseridas no componente curricular 'Projeto de Vida Educação Empreendedora e Financeira'.
Segundo a diretora da Escola Estadual Professora Júlia Teles, Rosenilde Santos, a adesão das escolas da rede estadual ao programa contribui para a redução da vulnerabilidade social dos estudantes. "Nossa realidade mostra que temos uma população escolar que vive basicamente da Bolsa Família. Então, essa educação empreendedora e financeira é um suporte que nós consideramos de fundamental importância para o desenvolvimento, primeiro da educação do aluno e depois da família, que terá uma expectativa de futuro melhor", explica.
