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PF investiga extração ilegal de madeira

Na terça-feira (26), a Polícia Federal (PF) realizou a operação Kreepym-Katejê, com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão no Maranhão. A ação visa coibir a extração e comercialização ilegal de madeira na Terra Indígena Toco Preto, na região da Amazônia Legal.

A operação foi desencadeada após a PF detectar um aumento significativo de desmatamento na Terra Indígena Toco Preto, situada entre as cidades de Itaipava de Grajaú e Arame, utilizando tecnologia geoespacial. A madeira nativa extraída dessa área estava sendo destinada a serrarias ou movelarias.

As investigações revelaram a existência de uma associação criminosa envolvendo fazendeiros, madeireiros e indígenas, com o objetivo de realizar a extração ilegal de madeira para sua exploração comercial clandestina. A extração contava com o consentimento de uma liderança local, mediante pagamentos ilícitos.

Um dos suspeitos identificados pela PF é um ex-vereador de Itaipava de Grajaú, supostamente receptor da madeira extraída ilegalmente, e proprietário de serrarias e movelarias na região.

Dois dos três alvos da operação já foram condenados por Ação Civil Pública a reflorestar 490 hectares da área habitada pelos indígenas da etnia Krepumkateyê, além de recompor os danos na Reserva Indígena Toco Preto. Contudo, não cumpriram as determinações judiciais e persistiram com atividades ilegais na área.

Durante a operação, foram apreendidos celulares, motosserras, armas de fogo e munições, os quais serão submetidos à perícia. Os investigados podem responder criminalmente por desmatamento, exploração de floresta nativa em domínio público para fins comerciais, além da aquisição de produtos vegetais sem licença ou autorização, sujeitos a penas que somadas ultrapassam 12 anos de prisão, caso condenados.

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