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Plantio consorciado impulsiona setor agrícola

Plantio de palma consorciado com feijão se tornou uma nova alternativa no sul do estado | Foto: Viera Neto/Governo de Sergipe

Na região sul de Sergipe, uma nova abordagem agrícola tem gerado resultados positivos. O cultivo consorciado de palma e feijão de corda tem otimizado o uso da terra e impulsionado a produtividade em diversas propriedades. Sob orientação da equipe de assistência técnica e extensão rural da Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro), a iniciativa se tornou uma alternativa.

Em Boquim, município onde a experiência está em andamento em cinco propriedades, o agricultor João Carlos Santos de Sá, do povoado Romão, adotou a iniciativa. Em uma área de seis hectares, ele destinou parte de sua terra para o cultivo da palma, especialmente da variedade orelha de elefante, junto com o feijão de corda. "A palma vou colher no final do ano para alimentar meu gado. Já o feijão não falta o ano inteiro em minha mesa, ajudando no sustento de minha família", explicou João, que além das culturas consorciadas, também planta milho, mandioca e mantém um plantel de gado de leite.

De acordo com Joetônio Ferreira, chefe do escritório da Emdagro em Boquim, a iniciativa visa suprir a demanda por alimentos para animais durante períodos de estiagem. A escolha da variedade de palma "orelha de elefante" demonstra uma adaptação às condições locais, garantindo uma boa produtividade. O cultivo consorciado não apenas diversifica as pastagens, mas também permite o aproveitamento eficiente do espaço disponível nas propriedades agrícolas.

"Podemos observar que na região temos o capim elefante, tradicional daqui, mas que nessa época já está imprestável para o consumo animal, porque ele também sofre com a estiagem. Aqui na propriedade de João de Sá a palma foi plantada em mil covas e já observamos a planta bem desenvolvida, com uma produtividade prevista de 40 toneladas por hectare", explicou.

Segundo o técnico agrícola, o plantio consorciado de palma com outras culturas não apenas diversifica as pastagens, mas também maximiza o uso do espaço nas lavouras, aproveitando as linhas entre as covas para o cultivo de diferentes culturas.

"Elas transferem o nitrogênio para o solo, o que para a palma é ótimo, porque é um adubo natural e para o produtor melhor ainda, porque ele não precisa comprar nutrientes para a palma, pois o feijão e todas as outras leguminosas já fazem isso naturalmente".

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