Na última segunda-feira (18), Bruna Hollanda, advogada que afirmou ter sido estuprada por um colega advogado após participar de um bloco pré-carnavalesco em Aracaju, optou por renunciar ao cargo de conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe.
A decisão foi anunciada em uma transmissão ao vivo em sua rede social, onde expressou sua insatisfação com a falta de apoio por parte da OAB em relação ao seu caso.
O motivo da renúncia, segundo Hollanda, foi a falta de acolhimento por parte da ordem, que realizou uma coletiva à imprensa quando o caso veio à tona, mas, de acordo com ela, não ofereceu o suporte institucional.
No boletim de ocorrência, a vítima relatou que conhecia o suspeito há cerca de sete anos e que ambos eram conselheiros da OAB-Sergipe. No dia do incidente, ela pediu ao suspeito que a acompanhasse do bloco até a sede da OAB, onde pegaria um carro de aplicativo.
Entretanto, ele ofereceu uma carona e, no trajeto, alegou a necessidade de passar em sua residência. No apartamento, teria agredido a vítima fisicamente e a estuprado. Após o ocorrido, Hollanda procurou assistência médica, onde foram constatadas várias lesões na genitália, além de herpes.
A defesa do advogado suspeito informou que o suspeito já prestou depoimento à polícia e que foram identificadas contradições no relato da vítima. O advogado também denunciou vazamentos de documentos à Corregedoria do Tribunal de Justiça e da Polícia Civil.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o inquérito conduzido pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) está em fase final de conclusão.
Em nota, a OAB/SE lamentou o ocorrido e afirmou ter tomado medidas, como o afastamento do suspeito e a abertura de um processo ético-disciplinar.
