O professor Tadeu de Oliveira, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), teve sua pesquisa sobre os gatos-do-mato dos Andes e da América Central como destaque na revista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O estudo revela descobertas para a preservação dessas espécies ameaçadas.
Embora para muitos os gatos-do-mato possam parecer semelhantes à primeira vista, o biólogo Tadeu de Oliveira ressalta que cada detalhe revela diferenças importantes.
Utilizando técnicas que incluem análises de armadilhas fotográficas e estudos morfológicos e geográficos, Oliveira e sua equipe redefiniram os limites conceituais e geográficos da espécie Leopardus tigrinus. Os resultados foram recentemente publicados na revista Scientific Reports.
Oliveira enfatiza a importância de traduzir a ciência em ações práticas. "Proteger espécies como L. tigrinus e L. guttulus se tornou uma missão de vida", afirmou.
Como parte da Tiger Cat Conservation Initiative (TCCI), o professor propõe campanhas de vacinação para combater doenças transmitidas por cães domésticos que afetam os gatos-do-mato.
O professor foi convidado a integrar o grupo responsável por revisar a taxonomia dos felídeos para a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Ele planeja corrigir o mapa de distribuição do complexo tigrinus, crucial para a lista vermelha de animais ameaçados de extinção.
"Fiz o mapa que está lá, e está todo errado: a área é 80% menor do que achávamos", revela Oliveira.
Segundo o professor, as novas divisões terão um impacto significativo nas definições de áreas de preservação, garantindo que cada linhagem felina seja adequadamente protegida.