A audiência de instrução do pastor Péricles Cardoso de Melo, suspeito de estelionato em uma igreja de João Pessoa (PB), foi interrompida após o depoimento de 13 testemunhas. A prisão preventiva foi decretada em 22 de setembro, mas o réu permanece foragido.
A audiência volta nesta quinta-feira (14), no Fórum de Mangabeira, como parte inicial do processo. Outras testemunhas serão ouvidas, e haverá um espaço dedicado para o pronunciamento do advogado de defesa.
O juiz Isaac Torres Trigueiro de Brito emitiu o mandado de prisão, acusando Melo de estelionato e apropriação indébita. Mais de 30 vítimas foram identificadas, incluindo a congregação da igreja, que também sofreu um furto estimado em R$ 17 mil.
A defesa do pastor optou por se manifestar apenas após o término da audiência. O processo será retomado no Fórum de Mangabeira, com a continuação dos depoimentos e a fala do advogado de defesa.
Uma vítima que preferiu não ser identificada relatou à TV Cabo Branco como o pastor agia, pedindo doações para supostas reformas na igreja. Após atrasar pagamentos, suspeitas de golpe surgiram. A dívida acumulada em seu nome chega a R$ 140 mil, decorrente do uso de seus cartões pelo pastor.
Em outubro do ano passado, o pastor divulgou um vídeo admitindo ter utilizado os cartões emprestados pelos fiéis da igreja. "Alguns irmãos emprestaram cartões e eu fui pagando. Tem cartões que há mais de um ano eu venho comprando e pagando nas datas certas", explicou.
A congregação da Assembleia de Deus na Paraíba informou que afastou o pastor de suas funções eclesiásticas e estão colaborando com as autoridades na investigação.
