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Ceará reduz taxa de gravidez na adolescência

Pesquisa do Ipece destaca mudança nos índices de gravidez na adolescência | Foto: Fiocruz/Divulgação

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) identificou uma queda de quase 30% no número de mães adolescentes (de 10 a 19 anos) entre os nascidos vivos no Ceará no período de 2017 a 2022. A taxa passou de 17,8% em 2017 para 12,6% em 2022, aproximando-se da média nacional de 12,3% e distanciando-se da média regional do Nordeste, de 14,9%.

Segundo o levantamento, a redução aconteceu em todas as regiões do estado, acompanhada por uma diminuição na quantidade de municípios com taxas elevadas de mães adolescentes entre os nascidos vivos.

Em 2017, dos 184 municípios cearenses, 92 apresentavam proporção elevada de mães adolescentes (entre 20,01% e 31,25%). Já em 2022, em apenas nove municípios foram registradas taxas elevadas de nascidos vivos de mães adolescentes acima de 20%.

O autor do estudo, Victor Hugo de Oliveira, enfatizou a importância desses dados para a formulação de políticas públicas destinadas à prevenção da gravidez na adolescência e ao bem-estar das jovens mães. "A redução pode ter fortes impactos no padrão demográfico dos municípios cearenses na década de 2020, a partir de um maior estreitamento da base da pirâmide etária da população", explica.

O estudo também destacou os municípios com as maiores e menores proporções de mães adolescentes. Em 2017, Itatira liderava com 31,25%, seguido por Pacujá (30,12%) e Salitre (28,14%). Em 2022, Ipaporanga ocupou a primeira posição com 24,06%, seguido por Palmácia (23,17%) e Guaramiranga (22,97%).

A análise revelou uma redução nas taxas de municípios com as menores proporções, com Alcântaras permanecendo como o único município em ambas as listas, mas com uma redução de 4,6% em sua taxa em 2022.

"Isto é, considerando uma média para o Ceará de 17,8% de mães adolescentes, os 10 municípios com as maiores proporções distanciam-se muito da média estabelecendo proporções pertencentes ao intervalo de 25,77% a 31,25% de mães adolescentes", explica.

Oliveira destacou que o estudo também identificou os dez municípios com as menores taxas de mães adolescentes, tanto em 2017 quanto em 2022. Em 2017, esses municípios variavam entre 9,72% (Granjeiro) e 14,61% (Fortaleza), enquanto em 2022, as proporções ficaram entre 6,98% (Alcântaras) e 9,89% (Itapiúna). Além disso, apenas Alcântaras permaneceu no ranking entre os anos, com uma redução de 4,6%, mudando da segunda para a primeira posição em 2022.

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