Na tarde de quinta-feira (29), durante uma cerimônia realizada no Museu da Imagem e do Som (MIS) em Fortaleza, mais municípios aderiram ao Programa Ceará por Elas, elevando o número de participantes para 111. O programa, desenvolvido pelo governo do Ceará em parceria com a Secretaria das Mulheres e gestões municipais, busca ampliar a rede de proteção e apoio às mulheres.
Lançado em 2023, o Ceará por Elas está organizado em três eixos: Mulher Segura, Mulher Protagonista e Mulher Empreendedora, com o objetivo de promover políticas públicas voltadas para as mulheres em todo o estado.
Durante a cerimônia, a vice-governadora e secretária das Mulheres, Jade Romero, enfatizou a importância da participação dos gestores municipais na rede de combate à violência de gênero e na promoção de oportunidades para as mulheres. Esta foi a quinta rodada de adesões ao programa.
"Essa articulação é fundamental. Não vamos superar esses desafios que nós temos em relação à equidade de gênero sem a participação de todos e todas, sem os homens envolvidos, sem essa colaboração. Eu agradeço muito aos nossos municípios que toparam conosco dar esse passo na política de mulheres do estado do Ceará. Tenho certeza que nós vamos escolher os resultados", afirmou.
O governo estadual se comprometeu a oferecer apoio aos municípios participantes por meio da entrega de viaturas da Patrulha Maria da Penha, kits Athena (contendo equipamentos de informática e mobiliário para estruturar espaços de atendimento especializado às mulheres em situação de violência), capacitação para profissionais locais e consultorias.
"Para a mulher sair de casa e ter coragem de fazer uma denúncia, de procurar ajuda, é sinal que ela está confiando no aparato público. Para ela ter a confiança de fazer isso, primeiro nós temos que ofertar o serviço, por menor que seja, uma sala, uma casa, qualquer rede de apoio que possa acolher essa mulher. Mas é a nossa decisão política que pode fazer a diferença entre a vida e a morte de algumas delas", reforçou a vice-governadora.
A prefeita de Catunda, Ravenna Lima, afirmou que o programa é essencial garantir espaços e ferramentas para a proteção e autonomia das mulheres. A prefeitura planeja a implementar a Sala Lilás, um espaço de atendimento humanizado para as vítimas.
