Em viagem à Espanha, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues conheceu um novo tratamento contra o câncer, o Car-T Cell. A visita ocorreu na Universidade e no Hospital das Clínicas da cidade, onde o governador iniciou tratativas para a aplicação deste método inovador no estado.
Junto com a comitiva baiana, Jerônimo se reuniu com médicos e pesquisadores do método, dando início às negociações para que a Bahia integre o uso do tratamento.
O tratamento é uma terapia celular direcionada a cânceres hematológicos, como leucemia, linfomas e mielomas. O tratamento utiliza células de defesa do próprio paciente, chamadas linfócitos T, que são modificadas geneticamente para combater as células cancerígenas. Essas células modificadas, conhecidas como Car-T, têm demonstrado resultados promissores no combate ao câncer.
"O hospital já desenvolve, de forma avançada, o tratamento Car-T Cell, e nós viemos aqui, hoje, ver a possibilidade de levar esse tipo de serviço para o estado da Bahia. A partir de março, em parceria com as universidades estaduais e federais, já haveremos de fazer um termo de cooperação técnica para que isso possa acontecer na Bahia", afirmou o governador.
O chefe do setor de terapia celular do hospital, pesquisador e médico Álvaro Urbano apresentou a pesquisa e destacou os resultados promissores que o tratamento tem apresentado em pacientes com diferentes tipos de cânceres hematológicos. "É o tratamento do século XXI. Consiste em aumentar muito, em cerca de 90%, as atividades contra o câncer", afirmou.
O brasileiro e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Marco Aurélio Salvino acompanha os estudos e aplicação da terapia celular Car-T Cell na Espanha. Ele enfatiza que esta é a primeira vez que um governo estadual brasileiro demonstra interesse ativo em estabelecer parceria e cooperação com essa iniciativa.
"Aqui, em Barcelona, é o modelo, talvez, mais importante do mundo, um modelo de terapia celular pública que deu certo. Hoje, na Espanha, praticamente quem tem necessidade de tratar com terapia celular tem acesso. É a maior revolução contra o câncer hematológico. Mas, infelizmente, é de muita complexidade, muita tecnologia e um alto custo", avaliou.
A grupo também se reuniu com o diretor-geral do Hospital das Clínicas de Barcelona, Josep Maria Campstol, que apoiou a cooperação com o governo baiano.
