Na última sexta-feira (2), uma força-tarefa composta por servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público da Bahia (MPBA) desarticulou uma organização criminosa dedicada ao tráfico de ovos da espécie arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari).
A espécie está ameaçada de extinção, e os ovos eram destinados ao mercado ilegal na Europa e Ásia. Segundo a diretora-geral do Inema, Maria Amélia Lins, a operação, denominada "Arara Kûara", é parte dos esforços regulares para combater o tráfico, caça e criação irregular da arara-azul-de-lear.
As equipes de fiscalização da Unidade Regional do Inema em Juazeiro monitoravam a região, realizando inspeções em cidades como Canudos, Jeremoabo e Banzaê, onde a espécie ocorre, e na Unidade de Conservação Estadual da Serra Branca/Raso da Catarina.
"As equipes de fiscalização já vinham monitorando a região com inspeções nas cidades de Canudos, Jeremoabo e Banzaê, áreas de ocorrência da espécie e onde está localizada a Unidade de Conservação Estadual da Serra Branca / Raso da Catarina", afirmou Maria Amélia.
O diretor de Fiscalização Ambiental do Inema, Eduardo Topázio, enfatizou a importância da atuação dos servidores e das ações contínuas de fiscalização para identificar e combater crimes ambientais no estado. "Com este trabalho minucioso, realizado pelas equipes de inteligência dos órgãos envolvidos, foi possível identificar a ação criminosa e impedir que os ovos saíssem do país", afirmou.
Durante a operação, especialistas do Instituto realizaram ações de sensibilização nas comunidades locais, enfocando a necessidade de preservação da espécie e as penalidades aplicáveis aos crimes ambientais.
"É um trabalho constante de mobilização social que alcança o apoio dos moradores, colhendo informações e ressaltando a importância de realizar as denúncias por meio dos canais de atendimento oficiais, com toda segurança e sigilo para o denunciante", afirma Manoela Bezerra, coordenadora da Unidade Regional Sertão do São Francisco (Inema Juazeiro).
As estrangeiras detidas e as investigações estão sob responsabilidade da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. "Com este trabalho minucioso, foi possível identificar a ação criminosa e impedir que os ovos saíssem do país", explicou.
