Por Mia Andrade
O Nordeste emergiu como líder no ranking nacional das redações nota mil no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Dos 60 candidatos em todo o país que alcançaram a nota máxima, a maioria provém da região Nordeste. Os exames foram realizados nos dias 5 e 12 de novembro do ano anterior, envolvendo 2,7 milhões de participantes.
Vinte e um estudantes dos estados nordestinos atingiram os mil pontos na redação. Os números representam um aumento em relação à edição anterior, que contou com 18 participantes. Esta é a maior quantidade de redações nota 1.000 desde o Enem 2016, quando 77 participantes alcançaram a pontuação máxima. Além disso, os dados do Inep apontam que 16 estados brasileiros e o Distrito Federal possuem alunos com notas máximas na redação do Enem 2023.
Os participantes abordaram o tema "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil".
"O tema da redação é relevante e isso permitiu que as pessoas discutissem o tema com mais fluidez, o que pode justificar o aumento na nota mil", destacou Rubens Lacerda, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep.
Dos 20 estudantes que tiveram nota mil, seis são do Piauí, seis do Rio Grande do Norte, quatro da Bahia, quatro do Ceará, três de Sergipe e dois de Pernambuco.
Participação
De acordo com os resultados, metade dos jovens brasileiros que concluíram o ensino médio em 2023 participou do exame. Analisando apenas o ensino público, o número é ligeiramente menor, com 46% dos estudantes concluintes de escolas públicas realizando o Enem 2023.
O Ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou a necessidade de entender o motivo das baixas na rede pública e buscar soluções a partir de dados concretos, tomar decisões mais assertivas para ampliar a participação e estimular o interesse dos estudantes.
"O nosso grande objetivo é sensibilizar os jovens brasileiros sobre a importância do Enem", destacou o ministro. "Com esse propósito, vamos articular ações com as redes estaduais e identificar o motivo dessa baixa para corrigir".
