O Choro é livre!

Terceira edição do Complexo Cultural do Choro começa em Brasília com várias atrações

Por

Por Rudolfo Lago

A música brasileira deve a Brasília o renascimento de um dos seus maiores nomes. Em 1971, Waldir Azevedo, uma das maiores referências do Choro, autor do clássico "Brasileirinho", chegava na capital do país sofrendo de grande depressão. Ele tinha perdido uma filha em um acidente automobilístico. E tinha tido um acidente doméstico no qual perdera o pedaço de um dedo, o que atrapalhava a sua performance no cavaquinho.

Foi nesse estado de espírito que um dos maiores nomes da música brasileira chegou a Brasília, acompanhando uma filha cujo marido, funcionário do Banco Central, tinha sido transferido. E Brasília acabou transformando Waldir Azevedo. Ele amou a cidade, a que chamava de "Meu Pedacinho de Céu".

E o autor de "Brasileirinho" acabou também transformando Brasília. As rodas de Choro que passou a promover na cidade são o embrião do Clube do Choro. Fizeram com que a cidade se tornasse um dos principais berços dessa fascinante música instrumental brasileira. Que vai ganhando cada vez mais destaque com o trabalho de Reco do Bandolim à frente do clube e da Escola Brasileira de Choro, Raphael Rabello.

Na última sexta-feira (16), o jornalista e músico Reco do Bandolim, que ainda toca seu instrumento no grupo Choro Livre, abriu a terceira temporada do Complexo Cultural do Choro. O projeto, que tem apoio cultural da Shell, promove diversas atividades ligadas à promoção do gênero.