Aprovação do PDOT foi ponto principal da CLDF

Segundo o balanço, deputados analisaram 333 proposições em 2025

Por Thamiris de Azevedo

Aprovado pela CLDF, PDOT estava sem revisão há 16 anos

Dados da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) indicam que o ano legislativo foi encerrado com 333 proposições finalizadas. O Correio da Manhã ouviu deputados distritais para avaliar o desempenho da Casa ao longo do ano e conhecer os planos eleitorais para 2026. A maioria dos parlamentares destacou a aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), concluída após 16 anos sem revisão, como ponto principal das atividades do ano.

O deputado Ricardo Vale (PT) confirmou que pretende disputar a reeleição e apontou como principais avanços o impedimento da privatização dos boxes das feiras, o fim da cobrança retroativa do Instituto de Previdência (Iprev) sobre aposentados e pensionistas, além do avanço de leis voltadas ao cuidado de animais abandonados em condomínios e da implementação do Cartão Uniforme Escolar.

Também pré-candidato à reeleição, o deputado Max Maciel (Psol) afirmou que ainda há muitos desafios no Distrito Federal, sobretudo na defesa de políticas públicas que assegurem direitos, justiça social e qualidade de vida. Entre os avanços do ano, citou a tarifa zero no transporte público, políticas de arborização e a atualização do PDOT. Ele criticou a condução do orçamento, apontando ausência de metas claras e perda de bilhões de reais, cenário que, segundo ele, deve persistir em 2026.

O deputado Joaquim Roriz Neto (PL) informou que também pretende disputar a reeleição. Ele avaliou como positivos a aprovação do Plano Diretor, da Lei Orçamentária Anual, que prevê R$ 74,4 bilhões, sendo R$ 45,9 bilhões em orçamento direto, além da instalação da CPI do Rio Melchior, que investigou problemas ambientais na região.

Para o deputado Chico Vigilante (PT), que também disputará a reeleição, o principal avanço da Câmara neste ano foi a aprovação do PDOT. Em contrapartida, classificou como o maior erro da Casa a não instalação da CPI do Banco Master, que buscava apurar possíveis irregularidades envolvendo o Banco de Brasília (BRB).

O deputado Jorge Vianna (PSD) confirmou que tentará um novo mandato e avaliou o ano como produtivo em termos de aprovação de políticas públicas, embora tenha destacado dificuldades relacionadas às limitações orçamentárias e à construção de consensos dentro da Câmara Legislativa.

Já a deputada Jaqueline Silva (MDB) ressaltou os avanços na política fundiária, com a aprovação do PDOT e alterações na Lei de Uso e Ocupação do Solo, e afirmou que também pretende disputar a reeleição.

Por fim, o deputado Gabriel Magno (PT) afirmou que será candidato à reeleição e avaliou que a Câmara se consolidou como um espaço central de debate político e mediação de conflitos no Distrito Federal. Ele destacou as discussões sobre a CPI da Saúde e do IGES, a greve dos professores, o diálogo com movimentos sociais e a atuação da Casa em temas como o PDOT, a CPI do Rio Melchior e a defesa do BRB como patrimônio público.

O recesso oficial da CLDF começa na próxima segunda-feira (22) e segue até o dia 2 de janeiro de 2026.