126 mil hectares preservados no Pantanal

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O governo do Mato Grosso do Sul publicou na edição do Diário Oficial de sexta-feira (12) o resultado final da primeira chamada do PSA Pantanal - Programa de Pagamento por Serviços Ambientais do Bioma Pantanal, subprograma Conservação e Valorização da Biodiversidade, consolidando uma das mais relevantes políticas públicas de incentivo direto à preservação ambiental já implantadas em Mato Grosso do Sul.

A iniciativa, executada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) com recursos do Fundo Clima Pantanal, valoriza financeiramente produtores rurais que mantêm excedentes de vegetação nativa preservados, além das áreas obrigatórias por lei.

Nesta primeira chamada, foram recebidas 71 inscrições de imóveis rurais localizados no Bioma Pantanal. Após criteriosa análise documental e geoespacial, 45 propriedades foram classificadas com base no Índice de Serviços Ambientais (ISA), instrumento que considera critérios como conservação da vegetação, conectividade de habitats e relevância ambiental das áreas.

O resultado permitirá a remuneração para a preservação de até 126,1 mil hectares de excedente de vegetação nativa, distribuídos em diferentes regiões do Pantanal sul-mato-grossense, conforme mapeamento técnico elaborado pela Semadesc.

Para o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o resultado reafirma a mudança de paradigma na relação entre produção e conservação.

"O PSA Pantanal demonstra que é possível alinhar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estamos criando um modelo em que o produtor rural passa a ser reconhecido como parceiro estratégico na proteção do bioma, recebendo por um serviço ambiental que beneficia toda a sociedade", afirmou.

Segundo ele, o programa também fortalece a imagem de Mato Grosso do Sul como referência nacional em sustentabilidade e políticas climáticas inovadoras.

Os proprietários classificados serão convocados para assinatura do Termo de Adesão.