DF tem projeção de mil casos de câncer de mama

No Outubro Rosa, especialista fala ao Correio sobre métodos de prevenção

Por Thamiris de Azevedo

Diagnóstico precoce é a melhor arma contra o câncer de mama

Outubro é o mês mundial de conscientização sobre o câncer de mama. O Outubro Rosa reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, representando cerca de 30% de todos os casos registrados anualmente.

Para 2025, a estimativa do Instituto é que o DF registre aproximadamente 1.030 novos casos. De acordo com dados fornecidos à reportagem pela Secretaria de Saúde do DF, entre janeiro e junho deste ano foram realizadas 13.972 mamografias na rede pública, e até o mês de julho foram realizadas 265 cirurgias de mama.

A pasta destaca que os exames são distribuídos entre os mamógrafos disponíveis na rede pública do DF, que fica nas seguintes unidades: Hospital Materno Infantil de Brasília, Hospital de Base, Hospital Regional de Samambaia, Hospital Regional do Gama, Centro Especializado em Saúde da Mulher, Hospital Regional de Taguatinga, Hospital Regional de Ceilândia, Centro de Radiologia de Taguatinga, Hospital da Região Leste, Hospital Regional de Santa Maria e Hospital Regional da Asa Norte.

Prevenção

À reportagem, a oncologista Gabrielle Scattolin afirma que o rastreamento é decisivo no processo de prevenção, e ressalta que é o melhor caminho para o tratamento.

“Apesar dos riscos, há uma arma poderosa contra o câncer de mama: o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo o tumor é descoberto, maiores são as chances de cura e menores os impactos do tratamento. As mulheres a partir dos 40 anos devem realizar o exame todos os anos. Quando o tumor é detectado em fase inicial, as chances de cura chegam a 95%”, ressalta.

Ela explica que o câncer se desenvolve quando células anormais da mama começam a se multiplicar de forma descontrolada, formando tumores que podem se espalhar para outras partes do corpo. A doença, segundo ela, está associada a fatores como histórico familiar, idade avançada, obesidade e sedentarismo. A especialista também destaca sobre a importância do autoexame, mas ressalta que não substitui a mamografia.

“É preciso que a mulher conheça melhor o próprio corpo e perceba alterações suspeitas. Na maioria das vezes, o câncer é descoberto de forma casual. O autoconhecimento ajuda a identificar mudanças e procurar ajuda médica mais rapidamente”, alerta.