Sífilis caiu 7,1% entre 2023 e 2024 em Brasília
Os casos de sífilis adquirida diminuíram 7,1% no Distrito Federal entre 2023 e 2024, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). No ano passado, foram registrados pouco mais de 3,7 mil diagnósticos, contra 3,9 mil no período anterior.
Já os casos transmitidos de mãe para filho aumentaram 2,7%, passando de 263 para 270, enquanto as notificações entre gestantes caíram 17,1%, de quase 1,3 mil para 1.072.
A redução entre pessoas adultas e a queda em gestantes indicam maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento. A SES reforça, porém, que o aumento da forma congênita da doença exige atenção contínua.
Entre 2020 e 2024, o DF registrou mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, cerca de 5,4 mil em gestantes e 1,4 mil na forma congênita. Para ampliar o alerta à população, o país celebra, no terceiro sábado de outubro, o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que marca ações educativas e campanhas de prevenção.
A infecção é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por relação sexual desprotegida ou da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto. Quando não tratada, pode provocar lesões em diversos órgãos, afetar o coração, os ossos e o sistema nervoso, e levar a complicações graves, inclusive à morte.
A prevenção é feita principalmente pelo uso regular de preservativos. A testagem periódica também é recomendada para pessoas sexualmente ativas, especialmente quando há relações sem proteção ou surgimento de sintomas, como feridas na região genital e manchas na pele sem causa aparente.
Todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do DF oferecem testes rápidos e tratamento gratuito. A doença tem cura completa quando diagnosticada precocemente e tratada.