Depois de um longo período de estiagem no Distrito Federal, a chuva finalmente chegou, junto da primavera, para ficar na capital federal. A meteorologista Andrea Ramos explica que, apesar da chuva, setembro e outubro se caracterizam por serem os meses mais quentes do ano de acordo com a climatologia. Ela ressalta que a primavera é uma estação de transição, e por isso, em contrapartida, a umidade é elevada descaracterizando a secura típica do inverno brasiliense. A especialista explica que essa umidade que chega no centro do Brasil também se desloca da Amazônia, em uma zona que os profissionais chamam de convergência.
“Assim, começam a surgir o que chamamos de nuvens de tempestade. É a ‘carinha’ da primavera aparecendo”, afirma
Imunidade
Apesar da característica quente, com as chuvas e os eventos as temperaturas tendem a cair em determinadas horas do dia. O Correio da Manhã conversou com o pneumologista Daniel Boczar, que esclareceu que, com as mudanças de temperatura, o corpo humano pode apresentar dificuldades de adaptação, principalmente em crianças e idosos.
“Dificuldades relacionadas à hidratação levam ao aumento da prevalência das doenças respiratórias como a rinites, sinusites e crises de asma brônquica. O fato de permanecermos em ambientes mais fechados também facilita a transmissão de doenças. Além disso, o ar frio e seco pode irritar as vias respiratórias e diminuindo a proteção natural dos olhos, nariz e da garganta, possibilitando a interferência de vírus e bactérias”, afirma.
Ele sugere que as pessoas aumentem a ingestão de água, consuma alimentação equilibrada com frutas, verduras e alimentos ricos em vitaminas como laranja, acerola, cenoura, brócolis. O médico também recomenda hidratar as vias nasais com lavagem de quatro a seis vezes ao dia utilizando soro fisiológico. “Mantenha a casa limpa e arejada”, recomenda o pneumologista.
Cuidado no trânsito
À reportagem, Gildázio Nascimento, especialista em Direito de Trânsito e Agente de Trânsito do Detran-DF, informa ao Correio que durante o período chuvoso é preciso redobrar a atenção com a forma de condução, com o estado de conservação do veículo, com os equipamentos obrigatórios e em pleno funcionamento.
“Durante a chuva, reduza a velocidade, mantenha distância segura e use faróis baixos mesmo de dia. Não ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento, isso é infração e confunde os demais condutores. Garanta também que pneus e limpadores estejam em boas condições para garantir boa visibilidade”, alerta Nascimento.
