O Distrito Federal apresenta a menor proporção de partos de adolescentes no Brasil, com taxa de 7,9% dos nascimentos, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS) referentes a 2022. O índice está abaixo da média nacional, de 12,3%. Em 2025, entre janeiro e setembro, foram registrados 1.685 partos de jovens entre 10 e 19 anos.
Segundo a Agência Brasília, no grupo de 15 a 19 anos ocorreram 1.643 partos e na faixa de 10 a 14 anos, 42. Em 2024, o total chegou a 2.440, sendo 2.352 em jovens de 15 a 19 anos e 88 em meninas de 10 a 14 anos. A proporção registrada na capital é próxima à observada em países europeus, mas há diferenças entre regiões de saúde. Locais com maior vulnerabilidade social concentram mais casos.
O tema é tratado na Semana Latino-Americana de Prevenção da Gravidez na Adolescência, organizada pela Organização Pan-Americana da Saúde.
O evento busca chamar a atenção para os riscos de uma gestação precoce, que pode trazer impactos para a vida das jovens, seus filhos e para o Sistema Público de Saúde (SUS).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mães adolescentes representam 11% de todos os nascimentos no mundo, mas concentram 23% da carga de doenças relacionadas à gravidez e ao parto.
A proporção de natimortos entre essas mães é 50% maior do que entre mulheres com mais de 20 anos.
Uma pesquisa divulgada pela OMS em 2024 revelou queda no uso do preservativo entre jovens europeus. Entre 2014 e 2022, o percentual de rapazes que usaram camisinha caiu de 70% para 61%. Entre as meninas, de 63% para 57%. No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 já mostrava esse cenário: apenas 22,8% usavam camisinha em todas as relações sexuais, 17,1% relataram uso eventual e 59% não usavam.