A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (15), a Operação “Invasor Oculto”, com o objetivo de desarticular um grupo de hackers acusado de fraudar, por cerca de três anos, um sistema interno do Governo do Distrito Federal (GDF). A ação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas regiões administrativas de Águas Claras, na área central de Brasília e no Paranoá. Na ocasião, foram recolhidos dispositivos digitais que serão encaminhados para a perícia do órgão.
Segundo o delegado João Guilherme de Carvalho, as investigações foram evoluindo quando encontraram vestígios digitais que revelaram a possibilidade de o grupo ter promovido alterações indevidas no sistema governamental.
O delegado explica que os criminosos utilizavam de dados verdadeiros em credenciais falsificadas para conseguir os acessos.
“De forma clandestina, os autores desse grupo conseguiam obter credenciais de alguns servidores deste órgão distrital. Com essas credenciais, eles acessavam os sistemas deste órgão distrital, quando conseguiam promover alterações internas”, relata.
Penas
O delegado explica que, a depender da conclusão dos trabalhos investigativos, os envolvidos poderão ser indiciados pelos crimes de falsidade ideológica, invasão de dispositivo de informática, atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, cujas penas, quando somadas, podem alcançar até 14 anos de reclusão.
Um dos envolvidos investigados já possui antecedentes criminais e condenação criminal anterior, o que pode caracterizá-lo como reincidente.
Carvalho informou que, devido ao sigilo das investigações e para evitar exposições indevidas que possam comprometer a apuração, o nome do órgão público afetado não será divulgado por enquanto.
