O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu-DF) recebeu mais de 300 mil ligações de janeiro a abril de 2025, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF). Para atender a alta demanda e reduzir o tempo de resposta, o governo local iniciou um processo de expansão da rede, que inclui a construção de novas bases em diferentes regiões administrativas.
A medida foi estabelecida pela Portaria Conjunta nº 17, que descentralizou recursos para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). O plano prevê a construção de cinco estruturas do Samu 192 na capital.
A licitação está prevista para ocorrer até julho de 2025, com início imediato das obras. A descentralização busca garantir mais agilidade na chegada das equipes e ampliar a cobertura dos atendimentos realizados em emergências médicas.
O serviço é considerado essencial no atendimento pré-hospitalar. Um exemplo ocorreu em junho de 2019, quando Daniel Gabriel Saraiva dos Santos, então com 15 anos, sofreu um acidente grave em Ceilândia. Em entrevista para a SES, ele informou que foi atropelado por um ônibus enquanto andava de bicicleta e teve múltiplas fraturas e lesões internas.
O primeiro socorro foi feito pelo Corpo de Bombeiros, que acionou a equipe do Samu-DF.
Um médico do serviço realizou a intubação no local, o que permitiu estabilizar o adolescente antes da remoção.
O transporte foi realizado com apoio de motociclistas batedores até o Hospital de Base. Lá, Daniel passou por cirurgia, que incluiu a retirada de parte do intestino e tratamento de uma hemorragia pélvica. Ainda segundo a entrevista concedida à SES, após o acompanhamento intensivo, Daniel sobreviveu e conseguiu se recuperar sem sequelas permanentes.