Baixa histórica no rio Araguaia em Goiás
O Rio Araguaia, em Nova Crixás (GO), atingiu o menor volume de água para o mês de agosto em três décadas.
A informação é do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). A medição começou em 1994. Outros pontos do curso hídrico, como em Aruanã e Aragarças, também apresentam situações graves, embora não tenham batido o recorde negativo.
A estiagem, que já dura 110 dias no norte e oeste goiano, afeta ainda bacias como as dos rios Paranã, Meia Ponte e Vermelho. O Paranã, em Flores de Goiás, está perto de seu pior indicador histórico para este mês.
Os demais possuem vazão inferior à média esperada.
A única exceção é o Rio Saia Velha, em Valparaíso de Goiás, que se mantém com volume acima do comum. O tempo seco e quente deve continuar.
De acordo com a Agência Cora Coralina de notícias, a umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 20%, nível considerado de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essa condição, somada à grande variação de calor, aumenta a incidência de complicações respiratórias.
O estado também está em alerta máximo para ocorrências de fogo. O Cimehgo emitiu aviso de risco crítico para 158 cidades, devido ao chamado fator 30-30-30: temperaturas superiores a 30°C, umidade abaixo de 30% e ventos acima de 30 km/h. Áreas protegidas, como o Parque Estadual dos Pireneus, a Serra de Caldas Novas e a Floresta Estadual do Araguaia, estão entre as mais vulneráveis.
O órgão estadual recomenda o uso consciente de recursos hídricos e orienta a população a evitar qualquer prática que possa iniciar chamas e a adotar precauções com o bem-estar, incluindo ingestão de líquidos e evitar exercícios ao ar livre nos períodos mais quentes.