Ciclistas querem melhorias em parque do DF
Confederação quer criação de uma área de competição para evitar acidentes
Brasília se destaca como um dos principais polos do ciclismo do país. Quem mora na cidade sabe: eles estão presentes em diversas áreas da cidade, especialmente no Parque da Cidade Sarah Kubitschek. No entanto, segundo a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), o espaço ainda carece de melhorias para garantir segurança e infraestrutura adequadas à prática do esporte.
Em entrevista ao Correio da Manhã, Fabrício Lino, diretor do Departamento de Relações Institucionais e Governamentais da CBC, afirmou que um documento com propostas foi entregue a diversos órgãos públicos, acompanhado de um abaixo-assinado com mais de 600 assinaturas. O objetivo é sensibilizar os gestores para a criação da “Área de Proteção ao Ciclista de Competição no Parque da Cidade”.
“Existe um plano de propostas que foi entregue em mãos ao administrador do Parque da Cidade, assinado por 11 grupos de ciclismo da capital”, relata Fabrício.
Segundo ele, Brasília vem se consolidando como a “Capital do Ciclismo”, com atletas de destaque em competições nacionais e internacionais.
“Somos mais de mil ciclistas profissionais frequentando o parque durante a semana. Ao longo do ano, mais de 50 mil pessoas utilizam o local para treinos e deslocamentos com bicicleta”, afirma.
Entre as sugestões listadas como ações de curto prazo, estão o reforço da sinalização, com placas alertando sobre “vidas em treinamento”, o controle da velocidade nas vias com tráfego misto — especialmente na via paralela ao Sudoeste — e a revisão do horário de atuação da limpeza do parque.
Também são solicitadas faixas de circulação protegidas em trechos críticos durante obras ou eventos, campanhas educativas, substituição das faixas de pedestres em alto-relevo por faixas pintadas, além de um mutirão de limpeza para remoção de resíduos acumulados.
Plano de mobilidade
Entre as propostas de médio prazo, a CBC defende a instalação de radares com limite de velocidade de 40 km/h para os veículos automotores que circulam próximo dos frequentadores.
“Estudos nacionais e internacionais apontam que, acima dessa velocidade, o risco de morte de um pedestre ou ciclista atropelado aumenta drasticamente”, alerta Fabrício.
Outras ações incluem a criação de faixas ciclísticas com prioridade nos horários de maior fluxo, capacitação de agentes de trânsito e segurança interna sobre a cultura do uso compartilhado do espaço e, por fim, os ciclistas propõem a elaboração de um plano diretor de mobilidade interna, para garantir a convivência segura com pedestres, ciclistas, veículos de apoio e de serviço.