Depois de advogado, "golpe da Defensoria"
Falsos defensores solicitam dinheiro para liberação de menores apreendidos
Estelionatários estão aplicando o “golpe da Defensoria” utilizando o nome da Defensoria Pública do DF (DPDF) para enganar cidadãos e obter vantagens financeiras ilícitas. Este ano, foram comunicadas 10 ocorrência de fraudes utilizando o nome da instituição, enquanto em 2024 não houve nenhum registro. O ato é semelhante ao conhecido "golpe do advogado", já informado pelo Correio da Manhã.
Em entrevista à reportagem, o coordenador da Assessoria Especial, Celso Murilo Brito, explica que assistidos da defensoria estão recebendo ligações e mensagens pelo WhatsApp, nas quais os criminosos utilizam informações falsas para convencer as vítimas a realizar transferências bancárias, ou fornecer informações.
Grande parte dos casos, segundo o defensor, envolve golpistas que exigem dinheiro sob o pretexto de liberar adolescentes apreendidos. Ainda, há registros em que os falsos representantes solicitam valores para desbloquear suposta quantia retidas pelo Judiciário.
Alerta
O defensor esclarece que a DPDF não exige pagamento para liberação de adolescentes que estão em situação de privação de liberdade.
“Esse procedimento é realizado mediante decisão judicial ou procedimentos legais”, declara.
Além disso, Brito alerta que os serviços da defensoria são garantidos com gratuidade da justiça para pessoas em situação de vulnerabilidade. Sendo assim, não existe possibilidade de pagamento antecipado.
“Caso tenha recebido algum tipo de contato com exigência de pagamento, não efetue transferências bancárias e verifique a origem das ligações e mensagens. Para se prevenir, sempre solicite a apresentação da identificação funcional e confirme a veracidade antes de fornecer qualquer dado.”, alerta.
O defensor orienta que, em caso de dúvidas ou suspeita de golpe, os cidadãos entrem em contato com a Central de Relacionamento com os Cidadãos da DPDF, pelo número 123, ou procurem diretamente o Núcleo onde foram atendidos.