DF ganha plataforma com trilhas do Cerrado
Ferramenta irá oferecer mapas interativos com informações em tempo real
A Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema) deu início aos procedimentos para o cadastro dos seus caminhos nas matas no Sistema Distrital de Trilhas Ecológicas (Sisdia), também conhecido como Caminhos do Planalto Central. Nesta fase inicial, os proponentes podem submeter trilhas para análise técnica. A expectativa é de que, até setembro, a plataforma esteja pronta para o uso web e, em outubro, para aplicativo no celular.
Em entrevista ao Correio da Manhã, o coordenador de informações ambientais do Sema, Rogério Silva, revela que a rede reúne em um mesmo “guarda-chuva” todas as trilhas ecológicas cadastradas junto ao órgão ambiental do DF, com o objetivo de padronizar critérios de implantação, sinalização durante o trajeto, manejo e facilitar políticas da governança.
A nova ferramenta, segundo Silva, pretende incorporar recursos de mapeamento participativo, permitindo que os usuários desenhem diretamente no mapa, anexem imagens, desde que justifiquem suas escolhas. Ele destaca que a abordagem é internacionalmente validada para aumentar o engajamento comunitário e a qualidade das informações.
O mapa interativo permitirá a visualização integrada de relevo, uso do solo, focos de calor e áreas protegidas em tempo quase real. Dashboards de uso público fornecerão métricas atualizadas sobre visitas, avaliações, alertas de manutenção e irão elaborar relatórios automáticos que subsidiam uma gestão adaptativa. Além disso, um classificador automático calculará parâmetros como dificuldade e distância acumulada.
“O sistema não é apenas uma inovação tecnológica, ele consolida uma política pública moderna que integra conservação ambiental, participação cidadã e desenvolvimento econômico sustentável”, destaca.
Tempo real
O coordenador esclarece que o sistema conta com um modelo participativo de dados, onde usuários logados podem sinalizar problemas ou sugerir melhorias diretamente no traçado, seguindo as boas práticas já aplicadas em plataformas de trilhas baseadas em código aberto.
As propostas de adesão das trilhas podem ser enviadas por órgãos públicos, ONGs ou entes privados, desde que dentro dos critérios definidos pelo órgão ambiental. Quando enviados, serão analisados e, se aprovados, entram no sistema.