Escolas do DF sem saneamento básico
Fiscalização aponta que alunos passam mal ao ingerir água não tratada
O Tribunal de Constas do Distrito Federal (TCDF), em cumprimento do programa “Sede de aprender”, realizou uma série de inspeções nas escolas públicas do DF para averiguar as estruturas dos centros de ensino, ocasião em que verificou falha no saneamento básico. O TCDF está retornando em unidades apontadas como as mais problemáticas em auditoria realizada em 2023.
O monitoramento apontou que apenas 32,6% das irregularidades apontadas anteriormente foram corrigidas. A maioria, 67,4%, permanece sem solução. Itens relacionados à segurança, como instalação de câmeras e regularização de extintores, tiveram avanços. Por outro lado, problemas como acesso à água potável e manutenção de banheiros, continuam insatisfatórios.
Segundo os dados disponibilizados pelo tribunal na última segunda-feira (16), foram inspecionadas 17 escolas, incluindo as Coordenações Regionais de Ensino, que juntas atendem mais de 11 mil estudantes. Durante a inspeção, o TCDF identificou que 47% dos centros escolares não tinham água potável disponível no momento da inspeção.
O presidente do órgão, Manoel de Andrade, declarou, em nota, que o tribunal vai cobrar providências e dar prazo para que o Governo do Distrito Federal (GDF) forneça água potável e saneamento básico de qualidade nas escolas.
Secretaria
Em nota, a Secretaria de Educação do DF (SEDF) informou que realiza vistorias técnicas regulares e prioriza, dentro do planejamento orçamentário, a execução de ações que garantam a segurança, a saúde e o bem-estar da comunidade escolar. Segundo a Pasta, o GDF mantém contrato específico para serviços de manutenção predial, limpeza e conservação. A Secretaria anunciou que pretendem ampliar os investimentos e acelerar as correções necessárias.
A SEDF também ressaltou que todo o abastecimento de água é realizado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Segundo a pasta, toda a operação é devidamente respaldada por documentação comprobatória, incluindo controle de qualidade da água, higienização dos veículos e emissão periódica de laudos técnicos.
O Correio da Manhã tentou contato com a Caesb, que não respondeu à demanda até o fechamento desta edição.