Estudo no DF analisa impacto da automação

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Um estudo apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) analisa como as transformações tecnológicas estão mudando as exigências do mercado de trabalho no Brasil.

A pesquisa, desenvolvida por especialistas de instituições como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Universidade Católica de Brasília (UCB), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Organização Internacional do Trabalho, recebeu R$ 130 mil em financiamento por meio de um edital da FAPDF.

O projeto utiliza inteligência artificial (IA) para mapear as competências mais valorizadas atualmente e as que devem ganhar relevância nos próximos anos. Entre as principais estão capacidade analítica, resolução de problemas e comunicação eficiente.

O método combina processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para criar indicadores que podem orientar políticas públicas.

Dados preliminares mostram que funções repetitivas, principalmente na indústria e agricultura, estão sendo substituídas por automação.

Em contrapartida, áreas como tecnologia e serviços demandam profissionais com formação técnica e habilidades socioemocionais.

A lacuna entre o que o mercado busca e o que os trabalhadores oferecem preocupa os pesquisadores. O estudo sugere que a educação básica e profissional precisa se adaptar para preparar a população às novas exigências. O Sistema S e instituições de ensino superior são apontados como fundamentais nesse processo.

A proposta é que os currículos priorizem não apenas conhecimentos técnicos, mas também a capacidade de aprender continuamente. A pesquisa fornece dados para ações que reduzam os impactos negativos das mudanças tecnológicas.