DF: método aprimora detecção coqueluche
O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) adotou, desde abril de 2024, uma nova metodologia para identificar a coqueluche, doença respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis.
A técnica, chamada RT-PCR, substituiu o método anterior, que dependia do cultivo da bactéria em laboratório. A mudança permitiu maior sensibilidade nos testes, ampliando a capacidade de detecção mesmo em pacientes que já iniciaram tratamento com antibióticos.
O RT-PCR também reduz o tempo de diagnóstico, oferecendo resultados mais rápidos e precisos. Dados epidemiológicos mostram um aumento expressivo nos casos da doença no Distrito Federal.
Em 2024, foram notificados 575 casos suspeitos, com 256 confirmações. Em 2023, apenas 34 suspeitas foram registradas, com cinco confirmações.
Esse crescimento, no entanto, está relacionado à maior eficácia do novo método, que identifica a bactéria até três semanas após o início dos sintomas, diferentemente da técnica anterior, que dependia de condições específicas para o cultivo do microrganismo.
A coqueluche é altamente contagiosa e pode ser grave, especialmente em crianças pequenas. Além de ser a quarta unidade da federação a implementar o RT-PCR na rede pública, o Lacen-DF também passou a testar outras espécies do gênero Bordetella, como parapertussis e holmesii.
Profissionais do laboratório participaram de treinamentos nacionais e internacionais para aprimorar o diagnóstico e monitorar a resistência bacteriana a medicamentos.
A coqueluche é especialmente perigosa para bebês com menos de seis meses, que podem desenvolver complicações graves, como pneumonia e insuficiência respiratória.