Síndrome respiratória cresce entre crianças em Brasília

Boletim da Fiocruz aponta aumento com o retorno às aulas

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O Distrito Federal registrou um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes após o início do ano letivo, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz.

O levantamento, que analisou dados até a sexta semana epidemiológica de 2025, indicou um risco de 95% de crescimento dos registros na faixa etária de 5 a 14 anos.

Os dados mostram que, desde a primeira semana do ano, os diagnósticos da doença no DF oscilaram entre 99 e 134 por semana.

No acumulado das cinco primeiras semanas do ano, foram 552 casos notificados.

Levando em consideração a evolução dos números até a sexta semana, a FioCruz aponta que o DF corre o risco de ter 95% de crescimento dos casos após o início das aulas.

O aumento acompanha a maior exposição das crianças a ambientes fechados, característicos do período escolar, o que favorece a transmissão de vírus respiratórios.

A Fiocruz alerta que crianças e adolescentes com sintomas gripais devem evitar frequentar a escola para reduzir a disseminação dos vírus.

Caso não seja possível manter o isolamento domiciliar, a recomendação é o uso de máscara em sala de aula, especialmente para aqueles que já possuem idade adequada.

O boletim também destaca que a covid-19 tem impactado grupos vulneráveis, incluindo crianças pequenas e idosos.

O levantamento sugere que esses públicos mantenham a vacinação em dia para reduzir o risco de agravamento da infecção.

Em estados onde há aumento de casos graves por covid-19, o uso de máscaras em locais fechados também é recomendado.

Em nível nacional, a maioria dos estados do Nordeste, Sudeste e Sul registrou estabilidade ou queda nos casos de SRAG.

No entanto, algumas unidades da federação das regiões Norte e Centro-Oeste, como Amapá, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso, apresentaram crescimento de casos associados à covid-19, principalmente entre idosos.

Estados como Amazonas, Pará e Maranhão, que vinham registrando aumento de casos graves, começaram a apresentar sinais de reversão desse cenário, com tendência de queda nas notificações.