Por: Thamiris de Azevedo

Prevenção à dengue foi tema na Câmara Legislativa

Novas armadilhas estão sendo instaladas pelo Distrito Federal | Foto: Pixabay

Sessão Plenária na Câmara Legislativa do DF debateu, nessa terça-feira (12), medidas para evitar uma nova epidemia de dengue na capital federal. A audiência foi presidida por João Cardoso (Avante) com a participação de representantes da Secretaria de Saúde (SES), Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde do DF (SINDIVACS) e outros membros da sociedade civil.

Destacou-se no plenário a essencialidade dos agentes da vigilância no combate à dengue. O deputado João Cardoso salienta que, embora haja previsão para aumentar o quantitativo em 2025 na Lei Orçamentária, ainda depende do executivo.

O presidente do SINDIVACS, Iuri Marques, ressalta que que atualmente são 1.054 agentes comunitários de saúde (ACS) e 518 agente de vigilância ambiental (AVS). Alerta que a lei cria 3.350 vagas para ACS 1.200 para AVAS, mas que há a necessidade de ainda mais vagas para o combate à dengue.

Dados da Secretária de Saúde ao Correio da Manhã revela que, desde o início da estiagem houve aumento dos casos

“A Secretaria informa que está monitorando os casos suspeitos de dengue e tem observado uma tendência de aumento na incidência nas últimas 3 semanas, no entanto, essa incidência atual encontra-se ainda dentro da série histórica”.

Novas tecnologias no enfrentamento

No decorrer do evento, a Subsecretário de Saúde do DF, Fabiano Pereira, apresentou o plano de contingência da Pasta no combate à dengue. Ressalta que o documento, apesar de publicado, não é fechado e segue em estudo para ajustes.

Fabiano demonstra as tecnologias qualificam a ação humana no enfretamento. Segundo os dados apresentados, estão instalando mais Estações Disseminadoras de Larvicida.

“Consiste em um pote com água contendo um pano interior impregnado com partículas do inseticida piriproxifeno. Os mosquitos, ao pousarem para colocar seus ovos, acabam contaminados pela substância. Quando busca outros locais para continuar sua desova, disseminam as partículas impedindo que as larvas se desenvolvam” explica nota.

O novo método é a Wolbachia também está sendo desenvolvido para a supressão da população selvagem do Aeges aegypti pelo mosquito infectado. Segundo a SES, a tecnologia deve ser aplicada a partir de 2025.

“A técnica consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti contaminados com bactérias Wolbachia, um microorganismo que reduz o potencial para a transmissão das doenças. Com o tempo, a expectativa é a de que a população de mosquitos incapazes de transmitir dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana seja maior que a dos potencialmente transmissores. Vale destacar que a técnica não traz riscos para os humanos”.