Por: Da Redação

Sandro Mabel é eleito prefeito de Goiânia

O novo prefeito de Goiânia, o ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil). | Foto: Divulgação

Sandro Mabel, do União Brasil (União), foi eleito prefeito de Goiânia (GO) no segundo turno das eleições, realizado no domingo (27). Ele obteve 353.518 votos, representando 55,53% dos votos válidos. Seu adversário, Fred Rodrigues (PL), recebeu 283.054 votos, o que corresponde a 44,47%. A apuração das urnas registrou um comparecimento de 677.881 eleitores, ou 65,80%, resultando em um total de 636.572 votos válidos.

Mabel contou com o apoio do governador Ronaldo Caiado (União), superando a tendência histórica de um governador não eleger um prefeito em Goiânia desde 1988. O ex-presidente Jair Bolsonaro também esteve na cidade no sábado (26), apoiando a campanha de Fred Rodrigues, contra o adversário apadrinhado pelo governador.

Natural de Ribeirão Preto, São Paulo, Sandro Mabel tem 65 anos e é empresário do ramo alimentício. Ele é formado em Administração e Contabilidade e foi deputado federal por quatro mandatos. Em sua trajetória política, ele se candidatou pela primeira vez a prefeito em 1992, pelo PMDB, mas não foi eleito. Mabel liderou a coligação "União por Goiânia", que inclui diversos partidos, como MDB, Avante, Podemos, Agir e PRD. Sua vice é a coronel Claudia (Avante).

Os números da eleição mostraram uma abstenção de 34,20%, maior do que no primeiro turno, quando a taxa foi de 28,23%. A eleição em Goiânia ocorreu sem incidentes relevantes, conforme foi informado no boletim do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). Aproximadamente 4.700 urnas foram utilizadas na cidade, com apenas 10 substituídas devido a problemas técnicos. Durante o processo eleitoral, a Ouvidoria Regional Eleitoral registrou 904 ligações, principalmente sobre locais de votação e justificativa de ausência.

Apesar da vitória, Goiânia enfrenta desafios relacionados a desigualdades sociais. Segundo informações da Agência Brasil, indicadores mostram que a cidade, embora uma das mais populosas do Brasil, apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) per capita inferior à média nacional. Os desafios da nova gestão, incluem questões como a falta de acesso a saneamento básico, a disparidade nas taxas de mortalidade e o alto índice de homicídios entre jovens negros e indígenas.