No sábado (28), foi presa a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena. Ela é acusada de fazer parte de uma organização criminosa que aliciaria eleitores na capital da Paraíba. O caso pode ter reflexos nas eleições municipais. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), lidera hoje com folga a disputa pela reeleição, de acordo com as pesquisas mais recentes.
A prisão é decorrência da Operação Território Livre, conduzida pela Polícia Federal em parceria com o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba. A operação investiga o suposto aliciamento de eleitores para favorecer uma organização criminosa no pleito.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva: Lauremília e sua secretária pessoal Tereza Cristina Barbosa Albuquerque. Lauremília já foi vice-governadora da Paraíba na gestão de Cassio Cunha Lima e é mãe do deputado federal Mersinho Lucena (PP-PB).
A operação da Polícia Federal apura, além do aliciamento de eleitorais, a suposta influência de Lauremília na nomeação para cargos na prefeitura de pessoas ligadas a grupos criminosos que dominam comunidades em João Pessoa.
“Política”
Em nota, o prefeito Cícero Lucena classificou a prisão de Lauremília como “política”. Segundo ele, “um ataque covarde e brutal” que visaria conter sua escalado rumo à reeleição.
No dia 19, a Polícia Federal já havia prendido a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), então candidata à reeleição, na 2ª fase da Operação Território Livre. Raíssa é suspeita de integrar um esquema criminoso para coagir moradores a votarem em determinados candidatos. A defesa da vereadora nega e diz que ela é “alvo de perseguição”.