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Escola desliga alunos após denúncia de racismo no DF

Instituição de ensino identificou dez alunos responsáveis pelos atos racistas | Foto: Pixabay/divulgação

A instituição de ensino privada Colégio Galois divulgou ter identificado dez estudantes envolvidos em atos de racismo durante um jogo de futsal com alunos de outra escola particular, no Distrito Federal. Segundo o Galois, os alunos foram alertados sobre as condutas, que incluíram insultos racistas, insultos de natureza classista e manifestações acaloradas. Além disso, os pais e responsáveis também foram informados.

Em um comunicado, a escola afirmou ter desligado alguns dos alunos notificados, embora o número não tenha sido especificado. "A instituição não divulgará tal informação, pois diz respeito a procedimento interno administrativo. Ademais, todas as famílias envolvidas foram comunicadas do resultado e estão cientes das penalidades. Essa decisão está em consonância com o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente], que visa proteger qualquer ação que possa constranger menores", diz comunicado da equipe jurídica enviado pela assessoria.

De acordo com a escola, cinco alunos optaram por deixar a instituição. Para os demais, foram aplicadas "sanções escalonadas, de acordo com a gravidade do ato praticado por cada um dos envolvidos, graduando as penalidades a partir da participação dos alunos entre apoio, incentivo ou proferimento das injúrias". Isso ocorreu após análise dos casos e audiência das defesas das famílias por um Conselho de Classe, composto por um presidente, seis relatores, 35 professores e dois advogados especialistas em educação.

"Dos 10 notificados, metade usou o recurso - legítimo - de solicitar o desligamento da escola. Dentre os que seguiram no processo: houve desligamentos, a alguns foram imputadas medidas pedagógicas éticas disciplinares e outros o Conselho julgou que não cabia penalidades por não estar comprovado o envolvimento", diz nota do Galois.

A escola informou que as medidas serão informadas à Polícia Civil do Distrito Federal, à Secretaria de Educação, ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e à Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, que estava jogando contra o Galois.

O Galois detalhou as medidas adotadas, incluindo a formação de um Comitê de Diversidade e Inclusão, composto por alunos, professores, pais e membros da administração, a criação de um canal exclusivo para receber sugestões e a realização de atividades sobre diversidade e inclusão, como provas com temática antirracista.