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Operação investiga golpes na Neoenergia

A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está atualmente investigando um esquema ilícito que ocorreu dentro da Neoenergia. O foco da investigação recai sobre dez funcionários suspeitos de transferir pelo menos R$ 13 milhões em dívidas de determinados clientes para pessoas já falecidas.

A operação tem o objetivo de combater um esquema criminoso que teria se instalado na Neoenergia Distribuição Brasília S/A. Os investigados são funcionários terceirizados contratados por uma empresa prestadora de serviços à concessionária.

De acordo com as investigações da Draco, que cumpriu dez mandados de busca e apreensão, os funcionários envolvidos agiram a partir da alteração de informações das contas dos clientes. Sem a devida documentação, eles transferiram os débitos para pessoas falecidas ou sem qualquer relação com as dívidas originais. As práticas foram repetidas até se tornarem um esquema que resultou em cancelamentos indevidos de despesas e causou danos financeiros expressivos à concessionária.

O método consistia na manipulação de dados sem autorização, o que ocasionou prejuízos diretos à Neoenergia e afetou negativamente o crédito de terceiros. O objetivo principal da operação é desarticular a rede de fraudes praticadas pelos suspeitos.

Os crimes sob investigação incluem estelionato eletrônico e inserção de informações falsas em sistemas, a fim de beneficiar indevidamente determinados clientes e causar prejuízos à concessionária.

Uma auditoria preliminar revelou perdas de, no mínimo, R$ 13 milhões, podendo ser ainda maiores. Se condenados, os investigados podem enfrentar penas de até 17 anos.