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Prédios abandonados são tema de debate na CLDF

Deputados propuseram soluções, como o cadastro de prédios "abandonados" | Foto: Carlos Gandra/ Agência CLDF

Os deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal debateram um problema que a cada ano tem se tornado mais agravante na região: os prédios abandonados em Águas Claras. O fenômeno se repete em cada vez mais áreas da região administrativa e é decorrente, em boa parte, do descaso das construtoras, que param de fazer a manutenção dos edifícios mesmo após os proprietários quitarem os imóveis. O tema foi discutido durante uma audiência pública que também abordou questões relacionadas, como saúde, segurança e moradia.

O encontro para discutir a situação da cidade foi proposto pelo deputado João Cardoso (Avante). Apesar de estar de licença por conta de uma cirurgia, o parlamentar participou do evento de forma remota. O Pastor Daniel de Castro (PP) presidiu a audiência pública e aproveitou a oportunidade para salientar a necessidade de encontrar uma solução para o problema, devido ao impacto que as obras paralisadas causam na vida dos moradores. Segundo o distrital, o problema degrada a paisagem urbana e causa transtornos sob a perspectiva estética e urbanística, pois degrada a paisagem.

Para resolver a situação, Castro propõe um conjunto de medidas, entre elas: a criação de um registro de prédios "abandonados"; a regularização fundiária, quando necessário; a demolição controlada dos edifícios inviáveis e o reforço na segurança pública nas áreas demarcadas. Além disso, ele anunciou que pretende convocar uma reunião na Terracap, em parceria com Cardoso, que também enfatizou a importância de "recuperar o máximo possível" dos prédios. Cardoso ainda sugeriu a abertura de uma linha de crédito no BRB para facilitar a retomada e a conclusão dos prédios.

Rodrigo Nápoles de Paula, presidente da Associação dos Promitentes Compradores do Residencial Park Way, na Avenida Castanheiras, destacou a necessidade de agir. Já o advogado Victor Emanuel Alves de Lara ressaltou a importância de "convencer a sociedade a estar ao nosso lado".

Também foi discutida a situação dos proprietários dos empreendimentos abandonados. "A vida das pessoas que confiaram nesses empreendimentos também foi paralisada", disse a deputada Paula Belmonte (Cidadania). Ela criticou a falta de agilidade na resolução do problema e enfatizou que "não podemos permitir que o Estado paralise não apenas as obras, mas também a vida das pessoas", completou.

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